Mulher vence câncer e Covid-19 ao mesmo tempo: “Eu recebi dois milagres de Deus”

 

No ano passado, a decoradora de festas Geane Prado, 51 anos, foi diagnosticada com câncer de medula óssea. Ela disse que vivia o melhor momento de sua vida quando recebeu essa notícia. 

Pouco tempo depois, quando estava em sua primeira sessão de quimioterapia, foi infectada por Covid-19 e precisou ser entubada e encaminhada para UTI, onde permaneceu 34 dias. 

Segundo os médicos, não havia mais esperança para ela. Sua situação era delicada e chegou a ser encaminhada para o paliativo. Entre as complicações, Geane teve embolia pulmonar, pneumonia bacteriana, parada cardíaca, insuficiência renal e hepática. “Foi um período sobrenatural incrível. Eu estive do lado de lá”, contou.

Dando a volta por cima

Geane, que é voluntária há cinco anos no Instituto do Câncer (ICA) do Hospital de Base de Rio Preto, contou que a primeira sensação foi “perder o chão sob os pés”, mas que depois percebeu que poderia ser um “testemunho vivo” para levar esperança a outros pacientes oncológicos. 

Ela conta que amigos e familiares estiveram orando por ela o tempo todo e que sua recuperação foi marcada pela força da fé. “O câncer desapareceu”, revelou. Agora Geane será encaminhada para um transplante de medula. 

No dia 18 de agosto, ela recebeu alta médica e, literalmente, “tocou o sino da vitória”, uma prática conhecida pelos funcionários do hospital quando algum paciente ganha a guerra contra o câncer. 

“Eu recebi dois milagres”

“Eu falo que estou em êxtase, dá vontade de chorar o dia todo de alegria, de gratidão. Estou curada. Espero que outras pessoas possam ser curadas e que Deus possa curar e transformar. Eu recebi dois milagres”, comemorou. 

“Eu me recuperei e deixei o hospital com movimentos totalmente debilitados. Precisava de auxílio para afazeres simples, como me alimentar, por exemplo. Mal conseguia levar a mão no rosto”, falou em detalhes.

Agora Geane disse que pretende aproveitar sua vida. “A vida é um sopro. E se eu tivesse morrido? Tudo teria ficado. Quero viver todo dia, ser feliz, amar mais do que eu já amo. Que as pessoas possam entender, perdoar, dizer que amam, viver essa vida. Ela é muito rápida. Ela voa”, concluiu. *
Guiame, com informações de Hospital de Base de Rio Preto e Diário da Região

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